sexta-feira, 17 de abril de 2020

A águia bicéfala e seus significados.

A águia de duas cabeças (águia bicéfala) é um importante símbolo dos Altos Graus do Rito Escocês Antigo e Aceito. Sua figura faz parte dos brasões do Grau 30 (Cavaleiro Kadosch), Grau 32 (Sublime Príncipe do Real Segredo) e Grau 33 (Inspetor Geral do Rito).



Além de estar presente nos brasões desses importantes graus, a águia bicéfala é a peça central do estandarte do Rito Escocês Antigo e Aceito.
A primeira referência histórica sobre a águia de duas cabeças é a do pássaro encontrado num antigo brasão da cidade de Lagash, na região da Suméria, atual Iraque, que existiu, possivelmente, há mais de quatro mil anos.
Posteriormente, encontramos a águia de duas cabeças como símbolo em estandartes, brasões ou bandeiras: no Império Bizantino, no Sacro Império Romano Germânico, no Império Russo (a partir do século XV) e nos emblemas da Sérvia,Montenegro e Toledo, entre outros povos.
De acordo com o livro História do Supremo Conselho do Grau 33 do Brasil, do escritor e pesquisador maçom KURT PROEBER: "a origem da Águia Bicéfala como emblema dos Supremos Conselhos, surgiu pela primeira vez na França em 1759 e foi usada pelo Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente".
O simbolismo da águia bicéfala é variado, contudo sua apresentação descrita no Apêndice da Grande Constituição Escocesa de 1786, nos permite interpretar o seu significado. O Artigo I dessa Grande Constituição estabelece que no centro do estandarte do Supremo Conselho haverá uma águia com duas cabeças, com asas abertas pretas, bicos e pés de ouro, segurando nas garras uma espada antiga, feita de ouro, da qual está pendente uma fita com as palavras DEUS MEUMQUE JUS (Deus e meu direito), escritas em dourado. A águia deve possuir acima das suas cabeças, uma coroa de ouro.

O Supremo Conselho do Brasil do Grau 33 para o R:.E:.A:.A:.
adota a águia bicéfala como elemento central do seu emblema.
A águia tem o significado histórico ligado ao poder imperial. Os exemplos mais evidentes são: a águia adotada como emblema pelo imperador Carlos Magno, na Idade Média, e a águia adotada como símbolo dos exércitos do antigo Império Romano (L'Aquila Romana).
Os exércitos romanos desfilavam nas cidades conquistadas
portando à frente a águia, como símbolo das suas legiões.
As duas cabeças, olhando simultaneamente para o lado direito e para o lado esquerdo, têm como significado o alcance do poder imperial, que se estende do Oriente ao Ocidente.
A coroa dourada é uma referência a Frederico II, rei da Prússia, monarca europeu que, conforme a tradição maçônica, foi o signatário simbólico da Grande Constituição Escocesa de 1786, considerado por alguns estudiosos como o primeiro Soberano Grande Comendador do Rito Escocês Antigo e Aceito.
A espada é um reconhecido símbolo da força de governar, ou seja, da força consolidada pelo poder da espada (poder militar).
As asas abertas simbolizam, entre outros aspectos, o antigo papel da águia como dominadora das alturas e de mitológica mensageira dos deuses.

Grande Constituição Escocesa de 1786 (Artigos XV a XVIII)

Dando continuidade ao estudo da Grande Constituição Escocesa de 1786.

O Artigo XV determinou que as reuniões do Supremo Conselho deveriam Ocorrer, no mínimo, trimestralmente. Determinava ainda a realização obrigatória de duas sessões solenes por ano:- a primeira, no dia primeiro de outubro, em homenagem retomada, em 1530, pela Ordem dos Hospitalários (posteriormente chamada de Ordem de Malta) da ilha de Malta, um importante ponto estratégico no Mar Mediterrâneo na guerra contra os mouros (árabes);

A ilha de Malta é um dos pontos da Europa mais centrais do Mar Mediterrâneo
e serviu de ponto estratégico na defesa contra os árabes.
- a segunda, no dia 27 de dezembro, em honra a São João, o Evangelista, escritor do Livro do Apocalipse e discípulo de Jesus.
O Artigo XVI fixou o valor de dois luíses de ouro (ou louis d'or) como pagamento, pelos maçons do Grau 33, para a obtenção de seus títulos e credenciais maçônicas. Estabeleceu também ascaracterísticas dos selos dos Supremos Conselhos.

O luís de ouro foi a moeda francesa
que circulou entre os anos de 1640 e 1793.
O Artigo XVII estabeleceu que os maçons do Grau 33 não possuiriam quaisquer poderes individuais nos países em que já houvesse um Supremo Conselho, excetuando nos casos de autorizações especialmente concedidas para esses fins.
O Artigo XIII era o último artigo da Grande Constituição de 1786, e estabeleceu que os valores arrecadados nas iniciações aos graus superiores ao Grau 16 (Príncipe de Jerusalém) seriam recolhidos aos fundos dos Supremos Conselh
os.

Grande Constituição Escocesa de 1786 (Artigos XIII e XIV)

Dando continuidade ao estudo da Grande Constituição de 1786.
O Artigo XIII concedeu poderes aos Supremos Conselhos de designar um de seus membros efetivos para criar um Supremo Conselho em outro país, desde que obedecesse a regra de conferir o Grau 33 a apenas um maçom, e esse estaria autorizado a conferir o Grau 33 a outro maçom. Esses dois maçons do Grau 33 poderiam conceder o Grau 33 a um terceiro maçom. As demais admissões ao Grau 33 seriam feitas por votação verbal.
O mesmo artigo dispõe que só seria fornecido o ritual do Grau 33 aos dois primeiros Oficiais de cada Grande Consistório ou a maçom designado a um país distante para estabelecer um Grande Consistório.
O Artigo XIV estabeleceu que os cortejo formados pelos Supremos Conselho seria sempre precedido do Grande Porta Estandarte.
A título de exemplo, click no clipe abaixo para assistir um antigo cortejo maçônico com a participação de um Porta Estandarte.

GRANDE CONSTITUIÇÃO ESCOCESA DE 1786 (Artigo VII a IX)

Dando continuidade ao estudo da Grande Constituição de 1786.

   O Artigo VII definiu que todos os Consistórios (ou Grandes Consistórios) ou mesmo Irmãos acima do Grau 16 (Príncipe de Jerusalém), podiam apelar para o Supremo Conselho e por ele serem ouvidos.
Brasão do Grau 16 (Príncipe de Jerusalém)
    Vale destacar que os Grandes Consistórios referidos no Artigo VII eram o mais Alto Corpo maçônico de cada país, existindo, inicialmente, apenas um Grande Consistório por país. 
  Esses Altos Corpos, que também eram chamados Soberanos Grandes Consistórios (ou Grandes Consistórios dos Príncipes do Real Segredo), eram compostos por Grandes Inspetores Gerais.
   No Brasil, apenas o Mui Poderoso Consistório de Príncipes do Real Segredo Nº 1 possuiu o título de Soberano Grande Consistório 
   O Artigo VIII estabeleceu que os Grandes Consistórios deveriam eleger um presidente entre seus membros e que seus atos teriam validade apenas com aval do Supremo Conselho.
  No Artigo IX, a Grande Constituição definiu que um Inspetor Geral, em visita a outro país, só poderia fazer uso de suas prerrogativas com a autorização do Supremo Conselho local.

Grande Constituição Escocesa de 1786 (Artigos X a XII)

Dando continuidade ao estudo da Grande Constituição de 1786.
O Artigo X estabeleceu que os Grande Inspetores do Rito estavam vedados de concederem certificados ou quaisquer graus, a partir do Grau 30 (Cavaleiro Kadosch).
O Artigo XI definiu que o Grau 30 (Cavaleiro Kadosch) e o Grau 32 (Sublime Príncipe do Real Segredo) só poderiam ser concedidos mediante a presença de pelo menos três membros efetivos do Supremo Conselho.
O Grau 30 (Cavaleiro Kadosch) é o mais elevado estudado no Conselhos Filosóficos de Kadosch.O Grau 32 (Sublime Príncipe do Real Segredo) é o mais elevado estudado nos Consistórios.Os Artigos X e XI deixam evidentes as intenções da Grande Constituição de 1786 de controlar a concessão dos últimos graus do Rito Escocês Antigo e Aceito, impondo regras mais rígidas para as elevações aos graus, visando organizar o Rito recém-criado.
O Artigo XII estabeleceu que os Supremos Conselhos doravante assumiam os poderes maçônicos antes pertencentes a Frederico II, rei da Prússia.
Frederico II é considerado o primeiroSoberano Grande Comendadordo Rito escocês Antigo e Aceito.Esse artigo organiza cada Supremo Conselho como uma potência maçônica de caráter monárquico, com poderes centralizados e soberanos.Num Supremo Conselho não há a divisão entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciários, como ocorre no Grande Oriente do Brasil (GOB), por exemplo.

GRANDE CONSTITUIÇÃO ESCOCESA DE 1786 (Artigo V e VI)

Dando continuidade ao estudo da Grande Constituição Escocesa de 1786.
   O Artigo V estabeleceu que cada Supremo Conselho seria composto por nove maçons Grandes Inspetores Gerais (Grau 33), fixando que cinco deveriam ser cristãos.
  Nesse artigo é definido também que, estando presentes o Soberano Grande Comendador e o Lugar Tenente Comendador, bastará mais um membro para que a reunião do Supremo Conselho funcione plenamente.
   Por fim, esse Artigo estabelece que somente pode haver um Supremo Conselho do Grau 33 em cada paísexcetuando os Estados Unidos, ao qual foi autorizado sediar dois Supremos Conselhos.
As sedes dos Supremos Conselhos dos EUA localizam-se ambos na costa leste. Nos estados de Massachusetts (S.C. Jur. Norte) e Virgínia (S.C. Jur. Sul).

   O Artigo VI definiu que o poder de um Supremo Conselho estendia-se do Grau 17 (Cavaleiro do Oriente e do Ocidente) ao Grau 33 (Grande Inspetor Geral) e estabeleceu que as Lojas de Perfeição devem receber os maçons do Grau 33 com as devidas honras.
Brasão do Grau 17
 Cavaleiro do Oriente e do Ocidente

GRANDE CONSTITUIÇÃO ESCOCESA DE 1786 (Artigos I ao IV)

As Grandes Constituições Escocesas de 1762 e 1786 consolidaram as características atuais do Rito Escocês Antigo e Aceito e definiram os Supremos Conselhos como os responsáveis pela administração do Grau 4 (Mestre Secreto) ao Grau 33 (Grande Inspetor Geral) em todo o mundo.
O Grau 33 foi criado na
Grande Constituição de 1786.
      A promulgação da Grande Constituição de 1786 alterou o sistema de vinte cinco graus (Rito de Perfeição, ou Rito de Heredom) que havia sido criado pelo Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente, em 1758, e ratificado em 1762.
    A alteração estabelecida pela Grande Constituição de 1786, entre outras complementações à Grande Constituição de 1762, introduziu oito novos graus no sistema anterior, que passou a ter os atuais trinta e três graus.
   De acordo com os registros oficiais, a Grande Constituição de 1786 foi elaborada em Berlim e assinada pelo Soberano Grande Comendador Sua Majestade Frederico II, rei da Prússia, emprimeiro de maio de 1786.
A participação de Frederico II conferiu legitimidade e notoriedade
 à Grande Constituição Escocesa de 1786.
    Seu Artigo I estabelece que a constituição que vigia desde 1762 permaneceria em vigor, excetuando os artigos que conflitassem com a de 1786, ou seja, caracterizava seu papel complementar à anterior.
    O Artigo II denomina o Grau 33 de Grande Inspetor Geral (ou Supremo Conselho do Grau 33) e orienta como será inicialmente outorgado esse Grau.
   No Artigo III é definida a regra de como será a formada inicialmente a cúpula de um Supremo Conselho (Santo Império) em qualquer país.
   O Artigo IV trata do pagamento que deverá ser feito a cada Supremo Conselho pelo maçom que for elevado ao Grau 33, à época vinte e quatro libras tornesas (libras francesas).
A águia bicéfala  coroada é a figura central do estandarte da Ordem
 estabelecido pela Grande Constituição Escocesa de 1786.

O ASSASSÍNIO DE HIRAM ABIFF

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"A lenda do Mestre Construtor [Hiram Abiff] é a grande alegoria maçônica. Na realidade, a sua história figurativa é baseada numa personalidade das Sagradas Escrituras, mas os seus antecedentes históricos são de acontecimentos e não da essência; o significado reside na alegoria e não em qualquer fato histórico que possa estar por detrás." - A.E. Waite, New Encyclopedia of Freemasonry
A lenda de Hiram Abiff está intrinsecamente ligada às origens do Templarismo Germânico. "Alguns deste manuscritos do século XVII [preservando as 'Old Charges'] não se referem a Hiram Abif, o que levou alguns a crer que esta «personagem» seria uma invenção de um período mais recente. Todavia, o nome Hiram Abif era meramente uma das designações desta figura fulcral; ele é também mencionado como sendo Aymon, Aymen, Amnon, A Man ou Amen e, por vezes, Bennaim. É dito que Amen é a palavra hebraica para 'aquele em que se confia' ou 'o crente', o que se aplica perfeitamente ao papel de Hiram Abiff. Mas é também sabido que Amon or Amen é o nome do deus ancestral da criação de Thebas, a cidade de Sequenere Tao II. Poderá aqui existir uma ligação ancestral?" - Christopher Knight & Robert Lomas, The Hiram Key: Pharaohs, Freemasons and the Discovery of the Secret Scrolls of Jesus.
"Para o construtor iniciado, o nome Hiram Abiff significa 'Meu Pai, o Espírito Universal, uno em essênciao, três em aparência.' Ainda que o Mestre assassinado seja o estereotipo do Mártir Cósmico – O Espírito crucificado do Bem, o Deus moribundo – cujo Mistério é celebrado por todo o mundo."
"Os esforços levados a cabo para descobrir a origem da lenda de Hiram demonstram que, apesar da forma relativamente moderna de representação da lenda, os seus princípios fundamentais remontam a uma longínqua Antiguidade. É habitualmente reconhecido pelos estudiosos maçônicos que a história do martirizado Hiram é baseada em antigos rituais egípcios do deus Osiris, cuja morte e ressurreição retratam a morte espiritual do Homem e sua regeneração através da iniciação nos Mistérios. Hiram é também identificado com Hermes através da inscrição na Placa de Esmeralda." - Manly P. Hall, Masonic, Hermetic, Quabbalistic & Rosicrucian Symbolical Philosophy
"De acordo com as Escrituras, Hiram não era um arquitecto, mas um mestre no trabalho do latão e bronze. Ele não terá sido assassinado, mas terá vivido para ver o templo construido, tendo então regressado à sua terra natal." - Baigent & Leigh, The Temple and the Lodge
"A única explicação razoável para se ter chegado ao verdadeiro nome do heroi maçónico é que Hiram significava 'nobre' or 'real' em Hebreu, enquanto Abiff foi identificado como sendo francês antigo para 'o que se perdeu', originando uma descrição literal de 'o rei que se perdeu'." - Christopher Knight & Robert Lomas, The Hiram Key: Pharaohs, Freemasons and the Discovery of the Secret Scrolls of Jesus
Knight e Lomas avançam a teoria de que Hiram Abif era, na realidade, Sequenere Tao II, o verdadeiro rei egípcio que viveu em Thebas, cerca de 640 kilómetros a sul de Hyksos, capital de Avaris, perto dos limites do reino de Hyksos. Sequenere era o "novo rei do egipto, que não conhecia José", que foi vizir por volta de 1570 A.C. Apophis, especula-se, quereria conhecer os rituais secretos de Horus, que permitiam ao faraós transformarem-se em Osiris na morte e viver eternamente como uma estrela. Apophis enviou homens a seu soldo para extrair a informação de Sequenere, mas ele mais facilmente morreria com violentas pancadas na cabeça antes de contar alguma coisa; na verdade, foi o que aconteceu.
A identificação de Hiram Abif como sendo Sequenere baseia-se no crânio da múmia, o qual parece ter sido esmagado por três golpes aguçados, como os que foram deferidos em Hiram Abif. E quanto aos assassinos descritos no folclore maçónico como Judeus? Knight e Lomas sugerem que estes serão dois dos irmãos expatriados de José, Simeon e Levi, auxiliados por um jovem padre de Thebast. Como prova, Knight e Lomas apontam a múmia encontrada ao lado da de Sequenere. O corpo não embalsamado pertencia a um jovem que morreu com os orgãos genitais cortados, e com um estertor de agonia no rosto. Teria ele sido enterrado vivo como castigo pelo seu crime?
"Os rituais maçônicos referem Hiram Abif como o 'Filho da Viúva'... na lenda egípcia, o primeiro Horus foi concebido após a morte de seu pai, pelo que a mãe já era viúva mesmo antes da concepção. Parece lógico que, todos os que, daí em diante, se tornaram Horus, i.e., os reis do Egipto, se apelidaram de 'Filho da Viúva'" [ver «Isis, the Black Virgin» para mais informação.] - Christopher Knight & Robert Lomas, The Hiram Key: Pharaohs, Freemasons and the Discovery of the Secret Scrolls of Jesus.
II - THOTH E ENOCH
“No antigo Egito, aos engenheiros, projetistas, e maçons que trabalhavam nos grandes projetos arquitetonicos era concedido um estatuto especial. Eram organizados em corporações (ou associações) de elite…”
“Foram encontradas, pelo arqueólogo Petrie, provas da existência dessas corporações especiais, durante as suas expedições ao deserto do Líbano em 1888 e 1889. Nas ruínas de uma cidade construída por volta de 300 a.C., a expedição do dr. Petrie descobriu diversos registos em papiro. Uma parte descrevia uma corporação que mantinha reuniões secretas por volta de 2000 a.C.. A corporação reunia-se para discutir o nº de horas de trabalho, salários e regulamentos do trabalho diário. Reunia-se num local de culto e providenciava apoio a viúvas, orfãos e trabalhadores em dificuldades. Os deveres organizacionais descritos nos papiros são extremamente semelhantes áqueles atribuidos ao ‘Vigilante’ e ‘Venerável’ num ramo moderno da…. Maçonaria.” - William Bramley, The Gods of Eden
“Eu sou o grande Deus na barca divina… sou um simples padre no inferno da sagração de Abido, subindo a degraus mais altos da Iniciação… sou o Grande Mestre dos artífices que elevaram o arco sagrado como suporte.” - Thoth to Osiris, The Egyptian Book of the Dead
“De acordo com uma velha tradição maçónica, o Deus egípcio Thoth ‘teve grande participação na preservação do conhecimento do ofício maçónico e na sua transmissão á humanidade após as grandes cheias…’ - David Stevenson, The Origins of Freemasonry
“…O autor de um estudo académico bem fundamentado [The Origins of Freemasonry]… chegou ao ponto de dizer que, no ínicio, os Maçons consideravam Thoth como o seu patrono.”
“…O Livro de Enoch foi sempre de grande significado para a Maçonaria, e… certos rituais anteriores à época de Bruce (1730-1794) identificavam Enoch com Thoth, o Deus egípcio da Sabedoria.” Na Royal Masonic Cyclopaedia há uma entrada referindo que ‘Enoch é o inventor da escrita’, ‘que ensinava aos homens a arte da construção’ e que, antes das cheias, ele ‘temia que os verdadeiros segredos se perdessem – para o prevenir este escondeu o Grande Segredo, gravado numa pedra de pórfiro e enterrado nas entranhas da Terra’.” - Graham Hancock, The Sign and the Seal.

terça-feira, 31 de março de 2020

A Estrela Rutilante e o Painel do Oriente


A Estrela Flamígera ou Rutilante é uma figura cujo simbolismo é explicado no Grau de Companheiro. Ela colocada pela primeira vez nos rituais em 1875, junto com o sol e a lua e estrelas, formando o painel do Oriente. 1875 – No ritual do 1º Grau está descrito da seguinte forma: “o oriente é ornado com os emblemas do sol e da lua, sobre os quais haverá uma estrela rutilante, de forma
triangular, tudo em campo encarnado ou azul conforme o rito, semeado de estrelas dispostas em triângulo”. Segundo o Ritual do 2º Grau, ela é não só o emblema do gênio, que leva o homem à prática das grandes ações, mas também o símbolo do fogo sagrado. Nos ritos maçônicos o gênio é mais uma prova da superioridade do Espírito a dominar a Matéria. No Rito Moderno é o reconhecimento do Poder da Mente. As três Luzes que estão pintadas ou bordadas na parede o oriente formam o Delta Luminoso da Loja. Delta luminoso – é conjunto dos astros do retábulo. Eles estão colocados em forma de um triangulo, por isto forma um Delta. Este Delta são os elementos da criação por isto é identificado do como Deus. Deus também está representado na letra G, que se referem à Geometria. Assim G é o início e o fim da obra – Eu sou o Alfa e o Ômega. Em relação ao trabalho a Estrela que representa o início do trabalho é a Estrela Matutina que conhecemos com a Estrela D’alva, pois, ela aparece brilhante no inicio do dia. Ela representa o Venerável Mestre nos Ritos de origem francesa. No encerramento do Trabalho está presente a Estrela Vespertina que também é a Estrela D’alva. Surgindo na Terra como astro mais brilhante antes do inicio do dia e da noite, tem assim uma presença marcante do planeta no céu. É usada como um dos símbolos luminosos que formam o Delta luminoso no ritual. A Estrela traz a letra G nos ritos dos sistemas franceses com o simbolismo de geração, criação, identificado com o nome de Deus. Ritual 1922 - Companheiro VEN.·. —- Contemplai esta estrela misteriosa (apontando para a, estrela flamígera) e nunca a afasteis- do vosso espírito. Ela é não só o emblema do gênio, que leva o homem à prática das grandes ações, mas também o símbolo do fogo sagrado com que nos dotou o Gr.·. Arq.·. do Univ.·. e sob cujos raios devemos discernir, amar e praticar a verdade, a justiça e a equidade. O Delta, que vedes tão resplandecente de luz, vos oferece duas grandes verdades e duas idéias sublimes. — Vedes o nome de Deus, que é fonte de todos os conhecimentos humanos; ele se explica simbolicamente pela geometria. Essa ciência tem por base essencial o estudo aprofundado, aplicações infinitas do triângulo sob o seu verdadeiro emblema. Todas estas verdades gradualmente se desenvolverão aos vossos olhos à medida dos progressos que fizerdes em nossa Sublime Ordem. Catecismo VEN — Por que a Estrela Flamejante é de cinco pontas, Ir.·.2.° Vig.·.? 2." VIG.'. — Para figurar os quatros membros do homem e a cabeça, que os governa. Esta, como centro das faculdades intelectuais, domina o quaternário dos elementos ou da matéria. Assim, a Estrela Flamejante é, mais particularmente, emblema do poder da vontade realizadora. VEN. — Que lugar ocupa a Estrela Flamejante em relação ao Sol e à Lua? 2.° VIG. — Está colocada entre esses corpos, de maneira a, com eles, formar um triângulo. VEN — Por que? 2.VIG.— Porque a Estrela Flamejante irradia a luz do Sol e da Lua, afirmando que a inteligência e a compreensão procedem, igualmente da Razão e da Imaginação. Ritual do 1º Grau – Aprendiz: 1898 – Na parede do fundo, no Oriente, em um painel são pintados ou bordados os astros do dia e da noite (sol e lua), ficando este ao norte e aquele ao sul e bem assim a estrela rutilante sobre um triângulo em fundo vermelho.
Ritual 1967 do 2º Grau – Companheiro Maçom VEN:. — Contemplai esta estrela misteriosa (apontando para a estrela Flamígera) e nunca a afasteis do vosso espírito. Ela é não só o emblema do gênio que leva o homem à prática das grandes ações, mas também o símbolo do fogo sagrado com que nos dotou o Gr.·. Arq.·. do Univ.·. e sob cujos raios devemos discernir, amar e praticar a verdade, a justiça e a equidade. O Delta, que vedes tão resplandecente de luz, vos oferece duas grandes verdades e duas idéias sublimes.  
A letra “Iod”, que é o mesmo que a letra G, traduz o nome do Criador incriado e auto-Divino, e também representa a Geometria, que é a Ciência da construção, fundamentada nas aplicações infinitas do triângulo. Todas estas verdades gradualmente se desenvolverão aos vossos olhos, à medida dos progressos que fizerdes em nossa Subl.·. Ord.·.. Nesta edição, o revisor trocou a palavra Deus por “Iod”. A décima letra do alfabeto hebraico é a primeira letra do tetragrama divino e simboliza a força criadora do universo. 
1971 – Ritual 1º Grau – Aprendiz: 
Na parede do fundo, no Oriente, em um painel são pintados ou bordados os astros do dia e da noite (sol e lua), ficando esta ao sul e aquele ao norte e bem assim a estrela rutilante sobre um triângulo em fundo dourado. Este painel fica bem em frente à porta de entrada e sob um dossel de damasco azul celeste com franjas de ouro, 
Ritual 1971 - Companheiro. VEN.·. (T) - Contemplai esta Estrela misteriosa (Aponta para a Estrela Flamígera que se encontra ao meio-dia) e nunca a afasteis do vosso espírito. - Ela é, não só o emblema do gênio que leva o homem à prática das grandes ações, mas, também, o símbolo do Fogo Sagrado com que nos dotou o Gr.·. Arq.·. do Univ.·., e sob cujos raios devemos discernir, amar e praticar a Verdade, a Justiça e a Equidade. O DELTA, que vedes tão resplandecente de Luz, vos oferece duas grandes verdades e duas idéias sublimes. - A letra- IOD — que é o mesmo que a letra G — traduz o nome do Criador Incriado e Auto-Divino, e também representa a - Geometria - que é a ciência da Construção fundamentada nas aplicações infinitas do Triângulo. 
1981 – Ritual do 1º Grau – Aprendiz: 
Na parede do fundo, no Oriente, em um painel, são representados os astros do dia e da noite (sol e lua), ficando o sol à esquerda do Venerável e a lua, em quarto crescente, à direita; entre eles o Delta luminoso em fundo dourado, tendo, abaixo, a Estrela Rutilante.  
1998 – Ritual do 1º Grau: 
Na parede do fundo, no Oriente, em um painel, são representados os astros do dia e da noite (Sol e Lua), ficando o Sol à direita do Venerável e a Lua, em quarto crescente, à esquerda do Venerável; entre eles, o Delta Luminoso em fundo dourado. Nas várias edições podemos ver que a Estrela Rutilante (flamejante) faz parte do Painel do Oriente até a edição de 1998, quando ela passou para o teto do Templo. Mesmo assim mal colocada, pois a figura relativa ao 2º Vigilante é o Sol. Quem observa o Sol é o 2º Vigilante. O ritual de 1898 inseriu a figura de uma abóbada azulada no teto do Templo com estrelas, formando um grande número de constelações. O Ritual de 1981 inseriu no teto um painel chamado “Abóbada Celeste”. Neste Ritual além da Estrela Rutilante no Painel do Oriente, coloca a Estrela de Cinco Pontas no teto sobre o lugar do 2º Vigilante. O Ritual de 1998 inseriu no título da Disposição e Decoração do Templo prevendo: pendente no Teto, no Meio-Dia, sobre o Altar do 2º Vigilante, estará uma Estrela de 5 pontas com a letra G no Cento.  No ritual do 2º Grau – Companheiro Maçom, o Venerável Mestre explica: “ Contemplai esta Estrela misteriosa (Aponta para a Estrela Flamígera que se encontra ao meio-dia) e nunca a afasteis do vosso espírito”. Assim a Estrela passou do Painel do Oriente para o teto do Templo. E com a letra “G” dos Modernos que passa a fazer parte das concepções dos Antigos. Da parede do Oriente a Estrela foi parar no teto, pois o Sol e a Lua também foram colocados no teto da Loja e ficou sobre o 2º Vigilante para atender o que prevê o ritual de 1898 “entre eles (sol e lua) está a Estrela Rutilante”. O Teto do Templo apareceu no ritual do Grande Oriente do Brasil em 1º de julho de 1898 com a edição do Ritual do Rito Escocês Antigo e Aceito. Dizia o texto do Ritual: o teto figura uma abóbada azulada, com estrelas formando um grande número de constelações. O Ritual de 1898 não fala da existência do sol, nem da lua, no teto, apenas estrelas formando constelações. A única Estrela que interessa ao simbolismo é a Estrela Rutilante, que deveria estar no Retábulo do Oriente. O Templo está configurado para os graus de Aprendiz e Companheiro. Assim algumas figuras não são explicadas no primeiro grau, tal como acontecia com a Estrela Rutilante que é uma figura do Segundo Grau. 
Através dos séculos, houve sempre a preferência por uma estrela de cinco pontas, como figura de astros de aparência menor do que a do Sol e da Lua. O planeta Vênus tem sido representado assim e, considerado uma “Estrela” matinal e vespertina, estrela da tarde, Estrela-Dalva, Estrela do Pastor, ensejou lendas mitológicas. A Estrela Rutilante, que era denominada Misteriosa, hoje é Flamígera e está no teto do Templo, está colocada entre o Sol e a Lua do mesmo modo que estava previsto no ritual: na parede do fundo, no Oriente, em um painel são pintados ou bordados os astros do dia e da noite (sol e lua), ficando este ao norte e aquele no sul e bem assim a Estela Rutilante sobre um triangulo em fundo vermelho. Para melhor compreensão se faz necessário transcrever o que previa o ritual anterior: o oriente é ornado com os emblemas do sol e da lua e sobre os quais haverá uma estrela rutilante, de forma triangular, tudo em campo encarnado ou azul, conforme o rito, semeado de estrelas dispostas em triângulo. Assim, existia a forma de um triângulo, tendo o sol e a lua com a estrela rutilante no meio e acima para forma a figura prevista. A forma de um Triangulo é o que define a letra grega delta. No painel do oriente existem três astros luminosos, por isto o Delta é Luminoso, então Delta Luminoso é o conjunto dos três astros. Na Idade Média, as Corporações que foram as criadoras do dia de trabalho de 12 horas, que tinham o seu inicio ao meio dia antigo, isto é hoje, seis horas da manhã, o horário da Estrela Matutina – 12 horas do dia era a 1ª hora do trabalho. A 6ª hora eram 12 horas de hoje, quando acontece o descanso dos Obreiros. A 11ª hora do trabalho indica o inicio do pagamento pelo que foi realizado durante o dia e na 12ª hora todos os obreiros eram despedidos, como diz os rituais “contentes e satisfeitos”. Isto é hoje seis horas da tarde, o momento em que novamente a Estrela Rutilante desponta no horizonte indicando que a lua irá nascer. Este é o Grande Mérito das corporações que foi transferido para a maçonaria, 12 horas de trabalho, uma conquista que ainda hoje com apenas 8 horas é repetimos em cada organização de trabalho. A localização dos símbolos, o sol, a lua e a estrela brilhante no Oriente são oriundas da época em que manuscritos como o Wilkinson Manuscript, em 1727, referiam exista de três luzes da Loja. Ela apesar de ser apresentada no primeiro grau apenas como uma luz, no grau de companheiro ela aparece com todas as características na Iniciação, o Rito Escocês que é oriundo da França, trazia em seu simbolismo a Estrela Misteriosa no retábulo. Em síntese, a Luz simbolizando o Mestre da Loja significa que é necessário o Mestre abrir a Loja, iluminá-la com sua sabedoria para que possam ver-se as Luzes do Sol e da Lua. Sem ele, esses de nada adiantam. Foram os procedimentos dos “antigos” que caracterizaram o simbolismo luminoso do Mestre da Loja. Inicialmente, usaram uma luz fraca atrás do Venerável. Seguiuse uma vela acesa. A seguir, uma lanterna na forma de estrela, acesa junto ao Mestre da Loja.  
No sistema francês a Jóia do Venerável Mestre era a Estrela Misteriosa que o Ritual do 2º Grau – Companheiro denominou depois Flamígera e que é uma estrela de cinco pontas. Está apresentada entre o Esquadro e o Compasso para simbolizar a maçonaria. Os aventais da época também trazem em seus desenhos a mesma figura do painel do Oriente, isto é, os astros do dia e da noite, tendo entre eles a estrela rutilante. Estes três astros formam um triângulo que é a forma da letra delta da língua grega. Esta disposição forma o Delta Luminoso. Diz a edição do ritual do 2º Grau – Companheiro de 1922: Vedes o nome de Deus, que é fonte de todos os conhecimentos humanos; ele se explica simbolicamente pela geometria. Essa ciência tem por base essencial o estudo aprofundado, aplicações infinitas do triângulo sob o seu verdadeiro emblema. A letra G traduz o nome do Criador Incriado e Auto-Divino, e também representa a - Geometria - que é a ciência da Construção fundamentada nas aplicações infinitas do Triângulo. Vênus é o astro que pode ser visto da Terra algumas horas antes da alvorada ou depois do ocaso. Apesar disso, quando ele está mais brilhante pode ser visto durante o dia, sendo um dos dois únicos corpos celestes que podem ser vistos tanto de dia como de noite (sendo o outro a Lua).  Vênus é normalmente conhecido como a estrela da manhã (Estrela d'Alva) ou estrela da tarde (vésper) ou ainda Estrela do Pastor. Quando visível no céu noturno, é o objeto mais brilhante do firmamento, além da Lua, devido ao seu grande brilho. Por este motivo, Vênus é o astro conhecido como o planeta desde os tempos pré-históricos. Seus movimentos no céu eram conhecidos pela maioria das antigas civilizações, adquirindo importância em quase todas as interpretações astrológicas do movimento planetário.  Vénus, diz Paul Le Cour, a estrela mais brilhante do céu (na verdade, um planeta), recebeu o nome de Vénus Lucífera quando precede o nascer do sol e o de Vénus Véspera quando aparece depois do pôr do sol. Da mesma forma, João Batista precedeu à vinda do Cristo solar e João, o Apóstolo, sobreviveu a ele. Esses são os dois aspectos de João. Porque a maçonaria cristã tem como patrono o João-Lúcifer, os maçons passaram a ser considerados adoradores de Satã, desconhecendo-se totalmente a verdadeira natureza daquele que leva a luz, o iniciador dos homens.  
Infelizmente, houve quase que uma permanente confusão entre Lúcifer, porta-luz antes da queda, e Satanás, resultado dessa queda;e houve quem, mesmo pertencendo à maçonaria desde antes da Revolução Francesa, se tornou sectário de Satanás enquanto pretendia ser discípulo de Lúcifer. 
Interessante observar que o próprio Jesus Cristo é a estrela da manhã que ilumina até o fim dos tempos toda escuridão (trevas), como em Apocalipse 22:16 onde está escrito: "Eu, Jesus, enviei o meu anjo. Ele atestou para vocês todas essas coisas a respeito das Igrejas. Eu sou a raiz e o descendente de Davi, sou a estrela radiosa da manhã". Assim como em II Pedro 1,19 que diz: "E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumina em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela D'alva apareça em vossos corações". 
Um dos documentos mais antigos que sobreviveram da biblioteca babilônica de Assurbanipal, datado de 1600 a.C., é um registro de 21 anos do aspecto de Vênus (que os primeiros babilônios chamaram de Nindaranna). Os antigos sumérios e babilônios chamaram Vênus «Dil-bat» ou «Dil-i-pat»; na cidade mesopotâmia de Akkad era a estrela da deusa-mãe Ishtar. Está registrado no item XXII, dos Regulamentos Gerais das Constituições de Anderson, de 1723, e com eles publicado, o dia que os maçons operativos do passado tinham escolhido para a reunião anual era o de São João Batista, em 24 de junho, ou, opcionalmente, no dia de São João Evangelista, em 27 de dezembro.  Os Regulamentos Gerais, aprovados, pela segunda vez, no dia de São João, 24 de junho de 1721, por ocasião da eleição do Príncipe João, Duque de Montagu, para Grão-Mestre preconiza no seu XXII: os Irmãos de todas as Lojas de Londres e Westminster e das imediações se reunirão em uma comunicação anual e festa, em algum lugar apropriado, no Dia de São João Batista, ou então no Dia de São João Evangelista, como a Grande Loja pensa fixar por um novo Regulamento, pois essa reunião ocorreu nos Anos passados no Dia de São João Batista. O Trabalho de uma Loja está calcado nos ensinamentos de São João Batista escrito por São João Evangelista. Deve ser entendido que São João, o Batista, mais do que um Santo, foi um lutador que instituiu uma doutrina trazida até nós através dos ensinamentos de São João, o Evangelista: “no princípio era o Verbo, e o Verbo estava com o Deus, e o Verbo era o Deus. Ele estava no princípio com o Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; e sem Ele nada foi feito. O que foi feito nele era a vida, e a vida era Luz dos homens. A Luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.  Em alguns ritos, a mensagem de abertura do seu trabalho, expressa: “houve um homem enviado por Deus que se chamava João. Este veio por testemunha, para dar o testemunho da Luz, a fim de que todos cressem por meio dele. Ele não era a Luz, mas veio para que desse testemunho da Luz. Era a Luz verdadeira,  
que alumia todo homem que vem a este mundo”. Aqui está expresso todo o pensamento maçônico: a existência de dois princípios o das trevas e da Luz.  São João em seus ensinamentos ainda diz; “a humanidade despertará para a Luz”. O objetivo dos graus simbólicos é criar o ser humano para a Luz. No primeiro grau está consubstanciado a criação do ser físico, no segundo grau o ser intelectual e no terceiro grau o ser filosófico. São as três etapas da evolução que o homem passa durante a sua vida neste mundo. Ouvimos este testemunho de grandes maçons: “Luz, mais Luz”. Todo o Trabalho maçônico está relacionado com a Luz. No primeiro grau é recebida a Luz física como símbolo da Luz espiritual que passa ser o ideal de cada maçom. Para que seja vivenciado o ensinamento maçônico contido na doutrina de São João, toda a ritualística do Trabalho de Templo está voltada para a Luz, relacionando-a com as trevas. A Estrela Rutilante é o pentáculo da iniciação. Associada ao Trabalho é a Estrela D’Alva, que anuncia o despertar do dia e a aproximação da noite.  
 Toda doutrina maçônica está descrita nos catecismos: a Loja está apoiada em três grandes Colunas que são o Venerável Mestre e os Vigilantes. No momento em que são acesas velas sobre os altares, está sendo exteriorizado o princípio criador, pois a Sabedoria projeta, a Força executa e a Beleza adorna e sem elas nada de esmerado poderá ser produzido. Produção é criação e o que se faz no Templo é criar, para continuar o trabalho de criação. No rito dos antigos, como no Rito Escocês Antigo e Aceito, a criação do ser humano aconteceu através dos elementos Ar, Terra, Fogo, Água e da Luz. A luz é o elemento Divino. Os ritos franceses influenciados pelas suas lutas sociais incluíram nos seus rituais a afirmativa de que também a sociedade humana e seu governo é um ato de criação. Conclusão O Delta luminoso é conjunto dos astros do Painel do Oriente. Eles estão colocados em forma de um triangulo, por isto forma um Delta. Este Delta são os elementos da criação por isto é identificado do como Deus, que está representado na letra G, referindo-se o poder da criação, a Geometria. Assim G é o início e o fim da obra – Eu sou o Alfa e o Ômega. A Estrela se faz presente no inicio e no final do Trabalho, caracterizado pela criação. Em relação ao trabalho a Estrela que representa o início do trabalho é a Estrela Matutina que conhecemos com a Estrela D’alva, pois, ela aparece brilhante no inicio do dia. Ela representa o Venerável Mestre nos Ritos de origem francesa. No encerramento do Trabalho está presente a Estrela Vespertina que também é a Estrela D’alva. Surgindo na Terra como astro mais brilhante antes do inicio do dia e da noite, tem assim uma presença marcante do planeta no céu. É usada como um dos símbolos luminosos que formam o Delta luminoso no ritual. A Estrela traz a letra G nos ritos dos sistemas franceses com o simbolismo de geração, criação, identificado com o nome de Deus.
 Assim é o Painel do Oriente. 

HIRAM: O Filho de Hórus


As pirâmides que novamente construíste não me parecem novas, nem estranhas, apenas as mesmas com novas vestimentas.
- William Shakespeare

APRESENTAÇÃO
A presença de elementos israelitas na Tradição Maçônica é inegável, a começar pela própria Lenda de Hiram Abif que no cerne da Maçonaria Especulativa Moderna figura como elemento principal na ritualística do Mestre Maçom. Entretanto mesmo que parcialmente esta Lenda teria alguma validade histórica?
Ora, as Sagradas Escrituras são antes de tudo textos teológicos e não prioritariamente registros históricos, e como tais, a sabedoria alegórica deve prevalecer sobre o rigor histórico. De fato, exceto por si mesmas, as Sagradas Escrituras carecem de fontes outras que corroborem suas narrativas.
Dada essa carência, mesmo desconsiderando os elementos fantásticos das Escrituras,muitos pesquisadores modernos passaram a questionar a validade histórica do que ali estava registrado. Mas se tais narrativas são de todo inválidas historicamente, o que de dizer se seu maior vestígio ou evidência; o próprio povo israelita?
Levando em conta esse vestígio ou evidência inegável, uma nova corrente passou a circular numa tentativa de conciliar a história por assim dizer profana e as narrativas bíblicas. AsSagradas Escrituras seriam consideradas ao menos parcialmente válidas, porém, acompanhadas de certo “ruído histórico” que poderia ser no mínimo relevado com apoio de fontes ulteriores.
Com a óbvia proximidade tanto histórica quanto geográfica dos povos israelitas e egípcios os últimos seriam um ideal ponto de partida, e tal iniciativa rendeu frutos. Autores como Ralph Ellis, Robert Lomas e Laurence Gardner guardada as devidas proporções, sugerem que não somente a histórica israelita pode ser suportada com a história egípcia como na realidade seria diferentes versões da mesma história!
Essa corrente estipula que boa parte da história hoje considerada israelita se deu na verdade em contexto egípcio e que seus personagens seriam na verdade figuras da história daquele país. Partindo desse pressuposto, Hiram Abif poderia ser encontrado nos anais da história egípcia?
Ralph Ellis na obra “As Chaves de Salomão, O Falcão de Sabá” discorre sobre essa hipótese, tomando o faraó Sheshonq I como a real identidade do Rei Salomão (fato que se guardado dará luz a mais na questão hirâmica que será abordada) e traça paralelos entre seu mestre construtor e Hiram Abif. Seu capítulo dedicado a esse mestre construtor fundamenta o alicerce dessa peça.

HAREMSAF
Embora uma presumida origem histórica para a Lenda de Hiram Abif seja incerta, o nome do mestre construtor trabalhou para o faraó Sheshonq I no Templo de Karnac pode dar algumas evidências a respeito. Os textos históricos, tirados da pedreira Silsileh, dizem:
Sua majestade decretou que o comando fosse dado à casa de Harakhte, chefe das obras do Senhor das Duas Terras, Haremsaf, triunfante para conduzir cada trabalho (...) a mais seleta (pedra?) de Silsileh, para fazer grandes monumentos para a casa de seu pai, Ammon-Re, senhor de Tebas. Retornaram a salvo para o sul da cidade de (Tebas), para o lugar onde sua majestade estava, o... chefe de obras na Casa de Kheperhezre Setepenre (Sheshonq I) em Tebas... Haremsaf, triunfante. Ele disse: “Todos vós que dissestes que aconteceu, O meu bom Senhor; nem descansando a noite, nem descansando ao dia, mas construindo a eterna obra sem cessar”.
É possível notar que mestre construtor e engenheiro de Sheshonq I, que trabalhou no projeto de Karnac, foi um homem chamado Haremsaf (ou Hiramsaf). Mas de que maneira o nome Haremsaf daria qualquer evidencia para uma possível origem histórica para Hiram Abif? A resposta para essa questão poderia ser encontrada na Bíblia, especificamente nas narrativas sobre o mestre construtor que trabalhou para o Rei Salomão. O que a Bíblia fala a respeito deste homem é:
E o Rei Salomão enviou e foi buscar Hiram fora de Tiro. Ele era filho de uma viúva da tribo de Nephtali e seu pai era um homem de Tiro, um trabalhador do metal: e ele foi preenchido com a sabedoria, conhecimento e sagacidade para o labor de todos os trabalhos em metal, foi até o Rei Salomão, e fez todo sua obra. Para ele lançar duas colunas de metal...
Então o arquiteto bíblico do Templo de Salomão foi chamado de Hiram(Abif), enquanto o arquiteto histórico do Templo de Sheshonq I foi chamado de Hiram(saf). Paralelamente, ambos os arquitetos supervisionaram a construção de templos, foram comissionados por monarcas e tiveram o mesmo nome tanto no relato egípcio quanto no bíblico. A única discrepância é que a Bíblia diz que Hiram(Abif) veio da cidade de Tiro noLíbano, enquanto Hiram(saf) mais razoavelmente teria vindo do Alto Egito.
Deve-se notar, contudo, que realmente havia dois Hirans na Bíblia: um seria o rei de Tirono Líbano, enquanto o outro era o mestre construtor, que acabara de chegar da mesma origem que o rei. A razão para essa confusão de nomes e cidades talvez esteja baseada em sua tradução e no fato de que esses dois indivíduos chamados Hiram pudessem ser, na verdade, parentes.
O nome Harem (Hiram) foi um título real/sacerdotal no Egito, utilizado pelo faraóHaremheb e também por Haremkhet, o sumo sacerdote, e o filho do faraó da 25ª dinastia,Shebitku. Nesse caso, é mais que provável que Hiram de Tiro tenha originalmente vindo doEgito; então por que a Bíblia acredita que o arquiteto chefe do Rei Salomão, Hiram, veio doLíbano?
O Rei Salomão estava negociando com o Rei Hiram de Tiro a exportação da madeira de cedro para Israel. Contudo, quando a construção do Templo de Jerusalém começou, foi outro Hiram de Tiro, que era especialista em metalurgia e versado na arquitetura que supervisionou sua construção. Para tornar esses laços, acerca da existência de duas pessoas que foram chamadas de Hiram mais claros, o teólogo Adam Clarke, fala a respeito do arquiteto de Tiro que se chamava Hiram:
Este (Hiram) não foi o rei Tironiano anteriormente mencionado, mas sim um caldeireiro (trabalhador do cobre) muito inteligente, de origem judia por parte de mãe, que provavelmente foi casada com um Tironiano.
O herói da lenda maçônica é chamado Hiram(Abiff) como assim o Hiram da Bíbliatambém foi chamado de Abif (Atif). A evidência para essa declaração vem de outra variante da Bíblia no livro de Crônicas:
E agora eu enviei um homem habilidoso, dotado do conhecimento de Huram (Hiram) do meu pai. O filho de uma das mulheres das filhas de Dan, e seu pai foi um homem de Tiro, hábil para trabalhar no ouro, na prata e no bronze.
Hiram o arquiteto chefe de Salomão, que construiu as grandes colunas do Templo de Jerusalém, é mencionado na Bíblia no livro de Crônicas, que geralmente emparelha bem com o livro de Reis, mas esses textos têm sido reproduzidos em versões diversas, nas quais existem diferentes detalhes entre os dois.
A referência a Hiram é bom exemplo de tais diferenças, a ortografia de Hiram paraHuram não seria exatamente um problema, embora o livro de Crônicas chame ambos, o rei deTiro e o arquiteto de Tiro, de Huram. Mas embora o versículo em Crônicas seja quase o mesmo que a versão de Reis, a primeira linha é um pouco ambígua; o que significa “do meu pai”? Do meu pai exatamente o quê? A questão é; essa sentença revisada foi equívoca ou guarda um entendimento mais profundo do texto? O texto acima foi trazido da Bíblia do rei James, mas aBíblia RSV observou a inconsistência no significado dessa sentença ajustando-a para:
E agora eu enviei um homem habilidoso, dotado de conhecimento, Huramabi.
A Bíblia RSV empregou a palavra hebraica abi, que significa “de meu pai” ao final do nome Hiram, resultando em Huram-abi (Hiram-abi). Então o nome correto para essa pessoa seria Hiram-abi, mas a frase ao invés de ser traduzida como “de meu pai Hiram”', poderia ser formulada como “Hiram é meu pai”. Essa primeira parte da evidência a favor dessa nova tradução vem do nome egípcio para o arquiteto chefe de Sheshonq I, que foi chamado deHaremsaf. Os três elementos desse nome são “Heru” ou “Hira” (o deus falcão, Hórus), “m” (como, de, é) e “f” ou Atif (pai).
O nome resultante deste mestre construtor, na linguagem egípcia, também foi pronunciado como Hiram-f ou Hiram Atif. Como pode ser notado, o significado (e a ortografia) desse nome é aproximadamente o mesmo em ambas as linguagens, hebraica e egípcia:

Hebraico                     Egípcio
Hiram Abif                 Hiram Atif
Hiram é meu pai        Hiram é meu pai
A tradução tradicional do nome egípcio Hiram saf, em vez de Hiram Atif, tem o significado ainda mais parecido com aquele que já foi dado. Do único glifo “f”, os historiadores preferiram deduzir como uma forma abreviada da palavra saf ou invés de uma abreviação deAtif, a palavra saf, por sua vez, significa “menino”, que é um sufixo para muitos nomes egípcios. O nome clássico resultante para este mestre construtor significaria então “menino de Hiram” ou “o filho de Hiram”. É desnecessário dizer que os títulos Hiram- saf, que significa “o filho de Hiram” e Hiram Atif, que significa “Hiram é meu pai”, no fim das contas significam a mesma coisa.
Esse mesmo tipo de sufixo foi usado nos nomes Osarseph (Osiris-saf) e Peteseph (Ptah-saf) nas palavras de Manetho, indivíduos que foram identificados como sendo os patriarcas bíblicos Moisés e José, respectivamente. Em cada caso, o título levou o prefixo do nome de um deus, Osíris ou Ptah, de forma que os títulos desses patriarcas bíblicos foram “Filho de Osíris” e “Filho de Ptah”, respectivamente.
Ambas as versões egípcia e bíblica do nome Hiram foram seguidas nessa mesma tradição, e o título real desse arquiteto chefe de Tebas (ou Tiro?) foi Hira-m-Atif (Hiru-m-Atif), que significa “Hórus é meu pai” ou até “Filho de Hórus”. As tradições maçônicas dessa época parecem ter traduzido à palavra egípcia Atif, que significa “pai” para o correlato “Abif”, presumivelmente a pronúncia hebraica para a palavra “pai”' (abi) representou um ponto importante nesta escolha.
Tendo feito isso, contudo, essas mesmas tradições maçônicas de alguma maneira conseguiram manter o glifo egípcio de víbora “f”, e assim substancialmente preservaram as ortografia e pronúncia originais da palavra egípcia Atif, os elementos do nome ficariam assim dispostos:

Significado real     Egípcio    Hebraico     Maçônico
Hórus                     Hiru         Hira             Hira
É                             M             M                 M
(meu) pai               Atif           Abi              Abiff

A versão bíblica desse mesmo nome foi traduzida novamente como “Hiram é meu pai”, com o significado exato da palavra Hiram perdido em algum lugar na tradução. Essa confluência tanto na pronúncia como no significado poderia demonstrar que o arquiteto bíblico chamado Hiram teria uma herança egípcia e então, mais uma vez, esses dois arquitetos chamados Hiram deveriam ser considerados como sendo a mesma pessoa.
A PEDRA
A discrepância restante que permaneceria entre o Hiram Atif bíblico e o egípcio é que a Bíblia diz que ele veio de Tiro, no Líbano, e o monólito de Silsileh deduz sua origem do Alto Egito. A resposta para esse pequeno problema foi dada por Heródoto, que menciona que, nessa época, os habitantes de Tiro tiveram uma grande presença na cidade de Mênfis, que está localizada exatamente ao sul de Giza. Os faraós que Heródoto menciona são Pheron eProteus, a quem ele insere entre Seti e Ramsés. Algo pertinente à questão ocorreu na época do faraó chamado Pheron, que foi o primeiro na lista dos faraós da Bíblia nessa época.Heródoto diz:
Há uma circunscrição (templo) sagrada deste faraó em Mênfis, que é muito bela, ricamente adornada, situada ao sul do grande templo de Hephaestus. Fenícios da cidade de Tiro habitavam toda a circunscrição, e o lugar todo é conhecido pelo nome “Campo dos Tironianos”.
No Novo Testamento, um número de indivíduos notáveis, de Pedro a Jesus, foi conhecido como “rochas” ou “pedras”. De maneira semelhante, a referência aqui à cidade de Tiro pode não ter nada a ver com a cidade de Levante e tudo a ver com pedras. A razão para isso é que o nome hebraico para a cidade de Tiro é Tsor que também significa “rocha” ou “pedra”'.
Como Gibraltar, Tiro também foi conhecida como a “Rocha”, “O campo dos Tironianos” seria nada mais do que uma alusão à localização do arquiteto e então essa passagem está simplesmente dizendo que um grupo com expedientes maçônicos habitavaMênfis nesta época.
Contudo, esse grupo de pessoas não era simplesmente de sacerdotes e administradores. Os arquitetos esotéricos da época eram igualmente habilidosos e úteis no mundo real da manufatura e construção, porque eles guardavam dentro de seu coeso grupo, os segredos da astronomia, da alquimia, da geometria e da matemática. Em cada caso, não surpreende que um dos mestres de posição mais elevada dessa época também guardava a profissão de um arquiteto secular e era um habilidoso caldeireiro, capaz de modelar as colunas de bronze Jaquim e Boaz.
Visto que a palavra hebraica Tiro (tsor) significa “rocha”, a “cidade de Tiro”, de onde se supõe que Hiram Atif seria oriundo, possivelmente não tem nada a ver com a cidade de Tiro noLíbano e sim com a pedreira na qual esse arquiteto trabalhou. Quando a Bíblia diz que “o pai de Hiram foi um homem de Tiro”, isso realmente significa que “o pai de Hiram foi um minerador”. Igualmente, quando os textos bíblicos indicam que “o Rei Salomão levou Hiram para fora de Tiro”, poderia ser interpretado como “o Rei Salomão tirou Hiram das minas”. Isto faria perfeito sentido para um arquiteto cujo principal material de trabalho era pedra e cujos registros e genealogia ainda estão preservados nas pedreiras (ou minas) do Alto Egito.
De fato, deve ter havido outro motivo para o equívoco nesse registro histórico, porque, embora a cidade de Tiro no Líbano fosse conhecida em hebraico como Tsor, em egípcio foi na verdade conhecida como Tchar. Mas houve outra cidade que foi igualmente famosa nessa época, e esta era Thar, que foi o nome para a cidade de Tânis, a capital original da 21ª dinastia. De fato, não era incomum que seus glifos fossem confundidos e se tornassem permutáveis, então havia muito espaço para alguma confusão, premeditadamente ou não, entre esses dois nomes e essas duas cidades. De fato, a última tradução hebraica da palavratsor (Tiro) como “rocha” pode muito bem ter sido derivada da palavra egípcia thar, que significa “castelo” ou “fortaleza”. Tânis foi, por necessidade, uma fortaleza e, sem dúvida, cidades-fortaleza como Tiro usaram o mesmo título.
Embora a cidade ilha de Tiro seja uma realidade histórica, não há evidências de que um Rei Hiram de Tiro tenha existido. Uma razão perfeitamente razoável para isso pode ser que, já que o termo “Tiro” na verdade faria referência a uma pedreira ou mesmo à cidade de Tânis, o “rei” Hiram mais velho na verdade pode ter sido um arquiteto que residiu em Tânis. Esse Hirammais velho foi chamado de “Melek Hiram”, que foi traduzido como “Rei Hiram”, mas o termomelek também foi utilizado em um texto bíblico posterior para denotar um príncipe, então é inteiramente possível que esse Rei Hiram fosse na verdade um Príncipe Hiram de Tânis. Também é possível que esse Príncipe Hiram fosse realmente o pai do arquiteto chefe chamado HiramAtif, que modelou as duas grandes colunas de bronze e terminou a construção do Templo. Então, nesse caso, ambos os personagens seguiram a mesma posição exaltada de Maçom eArquiteto.

ARTESÃO E PRÍNCIPE
Outras evidências para alta posição de Hiram vêm da genealogia dos arquitetos chefes do Egito, uma lista completa de nomes que abriga o período da época de Ramsés IIaté o reino do faraó Darius II, e que estava inscrita em uma rocha na pedreira de Wadi Hammamat. Essa cronologia de fato indica que havia dois arquitetos chamados Hiram (Atif), e que ambos foram arquitetos do faraó Sheshonq I, mas, mais do que ser pai e filho, esse documento indica que eles na verdade eram pai e neto. O fato dessas pedreiras e inscrições estarem a leste de Tebas também poderia sugerir que o Rei ou Príncipe Hiram mais velho estava intimamente associado à Tebas, bem como a Tânis.
O outro documento histórico que menciona Hiram Atif, que foi deixado nas pedreiras de Silsileh, indica que Hiram foi enviado para lá por Sheshonq I para cortar as pedras para oTemplo de Karnac. Então os textos bíblicos e egípcios concordam entre si, e levam essa história escrita a um estágio adiante, dizendo que Hiram Atif foi subsequentemente evocado dessas pedreiras pelo comando real e enviado para construir outro Templo. De acordo com o texto histórico, a nova encomenda de Hiram Atif foi o Templo de um Milhão de Anos de Sheshonq Iem Mênfis(?), ao passo que os textos bíblicos notam que sua tarefa na verdade fosse construir o grande Templo de Salomão em Jerusalém.
Hiram não seria apenas um pedreiro, ele também era igualmente habilidoso ao trabalhar de metal, sendo bronze a sua especialidade. As ligações que foram forjadas nas explicações comuns dessa época, entre o arquiteto chefe chamado Hiram Atif e a cidade deTiro, foram reforçadas pelo conhecimento e habilidade de trabalhar no metal dos palestinos. Estes habitaram a costa oeste de Levante ao sul da Fenícia, e quais se acreditavam ser metalúrgicos de alta qualidade, e então a ideia de que Hiram era originário do oeste de Levante não era ilógica. Contudo, essa não era a única região nessa época que produziu metalúrgicos de excelência. O trabalho em metal dos metalúrgicos egípcios, particularmente os da 21ª e 22ª dinastias, era de um padrão muito mais alto do que o dos filisteus, como os historiadores prontamente admitem:
Talvez a contribuição mais permanente da (21ª e 22ª dinastias) às artes e ofícios esteja no campo do trabalho em metal. Os caixões de prata dos reis Psusennes [II] e Sheshonq [I] e a grande variedade de vasos de ouro e prata e joias das tumbas da realeza de Tanita testemunham a continua habilidade dos trabalhadores em metal egípcios... De grande significância foi à imensa expansão e excelência técnica da escultura de metal que ocorreu durante esse período... A maior parte em bronze.
O resultado da solicitação desse novo arquiteto chefe demonstra que ele e seus companheiros estavam gerações à frente de seus rivais de Tânis em tecnologia e habilidade. A conclusão é que essa distinção no trabalho em metal resultou da chegada de Hiram Atif(Abiff) de Tiro e seus companheiros metalúrgicos, e que eles foram de fato “hábeis em ouro, prata e bronze”.
A propósito, uma vez que o sarcófago de prata de Sheshonq I foi feito com a imagem de um falcão, e visto que o nome bíblico de Hiram Atif significa “O Deus-Falcão Hórus é Meu Pai”, outra ligação entre esses dois arquitetos, pode ser vista. Uma vez que um sarcófago com formato de cabeça de falcão é bem exclusivo para um monarca egípcio, isso pode ajudar a entender que este não era o sarcófago de Sheshonq I.
Esse sarcófago espetacular com o formato de cabeça de falcão feito de prata teria sido muito mais apropriado como o último lugar de descanso do arquiteto chefe Hiram Atif, que foi conhecido como o “Filho de Hórus”. É bem possível que, durante o sepultamento deSheshonq I que ocorreu em circunstâncias adversas, os administradores chefes do cemitério tivessem confiscado o sarcófago de Hiram. As placas de inscrição nesse caixão confirmam que este foi o enterro de Sheshonq I, mas esses títulos e nomes poderiam facilmente ter sido adicionados no último momento por qualquer trabalhador de metais competente.
A identificação do arquiteto chefe bíblico Hiram Atif como sendo o arquiteto chefe deSheshonq I, que também foi conhecido como Hiram Atif, parece se bastante plausível. Mas não é apenas a evidência epigráfica da pedreira de Silsileh que aponta para um artífice mestre sendo empregado para o trabalho de fundição de um Templo, a evidência arqueológica também aponta para essa direção. Beno Rothenberg conduziu uma investigação dos trabalhos de cobre em Timnah, bem ao norte de Elat. As conclusões dessa escavação foram que essas minas e trabalhos de fusão foram executadas pelos egípcios dos séculos XX ao XIV A.C, um período durante o qual os israelitas devem ter estado na Palestina. Mais adiante é dito que:
...uma questão mais interessante é se o curto período de operações que aconteceram no século X teve alguma coisa a ver com os israelitas... Rothenberg (originalmente) concordou que a mineração e fusão aconteceram em Timnah no comando de Salomão...
Porém, Rothenberg declara que a última fase foi devida à iniciativa da 22ª dinastia, qual está inserido o governo de Sheshonq I. O problema para Rothenberg foi que a história bíblica dessa época exigiu grandes quantidades de bronze (uma liga de lata de cobre), ao passo que a data arqueológica incongruentemente nos presenteia com a evidência da fusão do cobre egípcio nos lugares de posse dos israelitas. Então, esses trabalhos de fusão de minérios foram do povo de Judá ou dos egípcios? A resposta para esse problema seria simples se visto por outra ótica, é que a construção do Templo e dentre outras demandas por metais da época foi essencialmente egípcia.
Nesse caso, a hipótese de que o trabalho em metal em Timnah fora conduzido pelos egípcios durante o reinado de Sheshonq I e a exigência bíblica de que esse metal fosse utilizado no Templo de Salomão em Jerusalém são dois lados da mesma moeda.
Embora as evidências que foram reunidas até agora pareçam indicar esse trabalho em metal no Templo de Salomão sendo organizado e projetado pelo arquiteto chefe egípcio conhecido como Hiram Atif, ainda há mais evidências para demonstrar que esse argumento seja plausível.
O nome Hiram Atif foi escrito com um elemento extra na sua grafia, a representação de uma coluna chamada “Djed”. O resultado desse glifo extra é que o nome agora se torna:

Heru (Hira)              O deus-falcão Hórus
M                                           é
Djed                                   coluna
Atif                                      pai

A grafia de “Djed” neste caso específico é acompanhada de um traço único indicando que é a coluna “Djed” real que se quer nesse glifo, e não qualquer outro significado, e a razão para isso é dada na Bíblia. Surpreendentemente, os relatos bíblicos creditam a HiramAtif a construção das duas grandes colunas de bronze no Templo de Salomão, Jaquim e Boaz, enquanto os relatos históricos agora associam Hiram Atif diretamente com a coluna “Djed”.
Esses petróglifos como na mina de Wadi Hammamat apenas eram inscritos quando cada arquiteto chefe era afastado ou estava morto, assim como os sacerdotes cristãos fazem em suas igrejas hoje em dia. Desde que Hiram Atif tornou-se famoso por seu trabalho nas duas grandes colunas no Templo de Jerusalém, sua inscrição tumular nessa genealogia tornou-se “Hiram Atif da Coluna Djed”.
Não apenas essa é uma outra indicação correta de que esses dois Hiram Atifs, dos registros bíblico e egípcio, foram um e o mesmo, essa também é uma boa indicação de que as duas colunas de Jaquim e Boaz realmente se pareciam. Nas condições mais claras possíveis, a evidência está demonstrando que as duas colunas que estavam localizadas na entrada doTemplo de Salomão foram duas monumentais colunas “Djed”. O principal significado das colunas “Djed” era “estabilidade”, e isso pressupunha a estabilidade da nação e da monarquia que governava aquela nação.
É bem possível que as duas colunas construídas no Portal Bubastita em Karnac fossem planejadas para serem réplicas das duas colunas que ornamentaram o Templo deSalomão. Se for assim, então o desenho dessas colunas pode dar uma percepção a mais para a simbologia da coluna “Djed”. Diz-se que as colunas no Portal Bubastita são representações de “Flores de Lótus Fechadas”, e esse desenho é uma característica comum dos templos egípcios. É bem possível, porém, que, uma vez que a teologia egípcia tratou de fertilidade e cópula, esse desenho em vez disso representasse um falo.
O elemento “estabilidade” da coluna “Djed” poderia, então, inferir na estabilidade da monarquia e da população que foi gerada pela paternidade da geração seguinte.

CONCLUSÃO
Como um resumo dessa peça, talvez valha a pena sinalizar as várias semelhanças que foram reveladas entre esses dois arquitetos chamados Hiram:
a. Ambos os arquitetos foram chamados Hiram Atif;
b. Ambos os nomes continham um sufixo que significa “pai”;
c. Ambos trabalharam como arquitetos chefe para o rei;
d. Ambos os reis são conhecidos por ter governado exatamente na mesma época;
e. Ambos os arquitetos foram chamados para construir um templo para o rei;
f. Ambos tiveram um familiar mais velho com o mesmo nome;
g. Ambos estavam associados a pedras ou a uma pedreira (Tiro);
h. Ambos estavam associados a colunas.
Então, aqui estaria à história real do herói maçônico Hiram Abiff (Hiram Atif), entregue diretamente dos textos egípcios e bíblico em detalhes. A escassez desse tipo de informação nas fontes maçônicas seculares e a desordem das informações que circulam mostrariam o quanto da Tradição pode ter se perdido com o passar dos séculos.
Por que o mundo maçônico deveria honrar um arquiteto chamado Hiram Atif mais do que os personagens mais importantes dessa época, como o Rei Hiram ou o Rei Salomão que também contribuíram na construção do Templo? Uma resposta para isso é que Hiram Atiftambém seria um príncipe, mas um príncipe que caiu nas graças da corte real de Tânis. Esse herói maçônico, Hiram Atif, não seria um personagem sombrio derivado do folclore duvidoso e da mitologia. O arquiteto chefe do Rei Salomão, que supervisionou a construção do Templo de Jerusalém e projetou suas grandes colunas de bronze, seria na verdade foi o arquiteto chefe dos faraós Psusennes II e Sheshonq I, que supervisionou a construção do Templo de um Milhão de Anos...

Créditos devidos ao Autor Ir.'. Tiago Roblêdo M.'. M.'.
Visita Interiora Terrae Rectificando Invenies Occultum Lapidem

MOABOM



Considerações a respeito das letras M.'.B.'. do avental do M.'.M.'.

M – a mais sagrada de todas as letras, segundo o dicionário esotérico, pois é ao mesmo tempo masculino e feminino isto é uma letra andrógina. É uma letra mística em todos os idiomas, orientais e ocidentais. O nome sagrado de Deus em Hebraico, aplicado a letra M, é “MeBorach”, que quer dizer o Santo ou o Bendito.

B – É uma clara expressão da dualidade dos princípios superpostos, que evidenciam a lei da polaridade. Mostra claramente a relação entre o superior e o inferior, o céu e a terra e o espírito e matéria. O lado curvo, corresponde a involução ou revelação do espírito na matéria. O lado reto, é o ascendente que corresponde à evolução do Espírito na matéria. O lado reto mostra o domínio do homem, e o lado curvo o da matéria. A forma hebraica desta letra e Beth, e tem uma relação com o princípio da vida.
Em nossa pesquisa encontramos varias interpretações para o M\B\ do avental do M\M\, umas até interessantes, que tentaremos reproduzir , e outras tão absurdas que não convém nem citá-las, por riscos de reproduzirmos o ridículo sem berço e sem fundamento.
MohaBon
Respeitando as várias opiniões , já que existem muitas controvérsias sobre a origem do M:.B:., preferimos ficar com o que nos ensinou nossos mestres, que alias é endossado pela convenção de “Lösane”, Setembro de 1875, que afirma o seguinte:- O avental do M\M\ do Rito Escocês Antigo e Aceito, será branco forrado de vermelho com as iniciais M\ B\alusivas à palavra S\ do Grau . Quando fomos exaltado , aprendemos sobre a belíssima lenda do nosso mestre Hiran, e a parte que mais nos tocou, foi quando os irmãos encontraram o corpo, já em estado de putrefação, e ao tentar levantá-lo, exclamaram:-‘A carne se desprende dos ossos”!! em hebraico M\ H\ B\, que foi adotada pela maioria dos ritos maçônicos, como a palavra S\ do M\M\ . É lógico que a tradução difere de acordo com o idioma, mas a essência é e será sempre a mesma em todos os ritos e potências.

Mak Benak
O manuscrito “The Graham”, do ano de 1726, fala sobre a lenda de Noé e seus três filhos “Sem, Cam e Jafet, que encontramos nos antigos rituais. Noé teria recebido do GADU, a missão de construir a Grande Arca, que embora de madeira fora construída segundo a Geometria, e de acordo com as regras maçônicas. Diz a lenda que os três filhos foram até o túmulo do pai Noé, a fim de tentar descobrir o segredo que possuía o grande patriarca Bíblico. Quando tentaram levantar o corpo já em avançado estado de decomposição, um dedo e um pulso se desprendeu, e só conseguiram levanta-lo, fazendo uso dos “Cinco Pontos Perfeitos”.
Um dos filhos teria dito:- “Ainda há tutano neste osso” ! [Marrow in the Bone” –] segundo alguns pesquisadores maçônicos, origem das iniciais M\B\, que mais tarde se tornaria “Mak Benak”. Este é o único documento que se refere à lenda de Noé, com conexão com os C\P\P\ e com a palavra S\ do mestre . A lenda de Hiram ainda não era conhecida.

Moab Bem-ami
Jules Boucher, defende a teoria Moabita [“O que vem do Pai”], aliás, interpretação aceita por muitos rituais antigos, que cita o incesto praticado pela duas filhas de Ló [Gênesis cap 19 vs. 30 a 38]. Ló vivia com suas duas filhas, num local onde não existia nenhum outro homem . Para que se cumprisse a tradição do patriarcado, e a geração do genitor, e não havendo outra solução, elas resolveram embebedar o pai com vinho, e copularam com ele, totalmente embriagado. A primeira a cometer o incesto foi a primogênita, que engravidou e deu a luz a um filho, dando lhe o nome de “ Moab” [que vem do pai], em seguida a Segunda filha a imitou e deu a luz a “ Bem-Ami” [pai do filho].
Desse fato surgiu na Maçonaria a estranha interpretação “Aquele que vem do pai” ou “geração do pai’. Maçons que aceitavam essa hipótese tentaram relacionar a imoralidade do incesto com podridão, putrefação etc. Adversários da maçonaria, aproveitaram-se disto para desmoralizar e denegrir a sublime ordem, como por exemplo o escritor antimaçonico Paulo Rosen em sua obra “Satan e Cia”.

Maugh Bin
Num apêndice da sua obra “Historiy of Free Masonary”, à página 487, o Ir:. R. F. Gould reproduz uma publicação do jornal sensacionalista “Flying Post” [Correio Volante ] , impresso em Abril de 1723, descrevendo o que seria uma iniciação Maçônica. Prossegue o articulista contando que ao candidato, entre outras coisas , era revelada a palavra “Maughbin “, a qual era transmitida de ouvido a ouvido ate chegar ao Mestre. Então o candidato era posto à ordem como o Mestre, e devia recitar :- [traduzido p/ o português]
Fui iniciado Maçom,
Vi “B” e “J ”.
Prestei o raríssimo juramento .
Conheço a pedra o diamante e o esquadro.
Conheço perfeitamente a parte do Mestre.
Como um probo “Maughbin” poderá dizer-vos
Bons autores apontam a palavra MaughBin ou MachoBin cuja tradução é algo parecido com ;- “ É ele , ele esta morto” !!
De qualquer modo isto está relacionada com “Putrefacto”, e o significado varia conforme o idioma. Em Francês por ex. quer dizer ;- “podre até os ossos” [ la chair quitte les os”].

Mac Benah
Os Jacobitas e a lenda de Hiram – vasta literatura sobre o Grau de mestre, levanta a hipótese de a lenda de Hiram ter surgido por inspiração política dos partidários dos Stuarts, os Jacobitas.
Em 30.01.1649, o Rei Carlos I dos Stuarts foi decapitado por decisão do parlamento Inglês. Após a morte do Rei os maçons Jacobitas, por segurança acobertavam seu partidarismo por segredo. Assim o filho do decapitado passou a representar o Verbo, a Palavra Perdida, e os maçons eram os filhos da viuva, alusão a rainha Henriette de França, viúva do finado Rei.
Mackey, na sua enciclopédia definiu a palavra MacBenah como derivada do dialeto gaélico, significando “Filho Abençoado”, alusão ao príncipe filho de Carlos I . A nosso ver os maçons Jacobitas apenas se aproveitaram da doutrina maçônica da época, em proveito de suas tendências de hegemonia dos Stuarts, mas é bom lembrar, que a lenda do Mestre Hiram só viria a existir quase um século após.

Maçonaria Brasileira
Só a titulo de curiosidade, vamos citar o Ir:. Manuel Gomes no seu “Manual do Mestre Maçom”, pag. 321 a 334 “O manifesto Maçônico do primeiro G.'.M.'. do Grande Oriente do Brasil, José Bonifácio de Andrada e Silva, que entre outras observações, critica a disseminação de lojas estrangeiras, com rituais executados nos vários idiomas, menos no da nossa pátria, e conclama os maçons patriotas a usarem obrigatoriamente nos aventais de mestre as iniciais M:. B:., alusivo a “Maçonaria Brasileira”.
A bem da verdade em nossa pesquisa, encontramos uma infinidade de explicações e definições a respeito do M\B\, porem por irrelevantes, citamos as que realmente interessam à Sublime Ordem.
Mak Benak – usada pelo Rito Adonhiranita, Mak origem Galica significa-podridão, estar podre.
Mac Benac – Rito Moderno ou Francês, “Viver no Filho”
MoaBom -- Rito Schroeder “O filho do Mestre está Morto”.
MohaBon – Rito E:.A:.E:.A:. “A carne se desprende dos Ossos”.
Mac-Benah – “Filho da Putrefação ou do Mestre Morto”
Macheh-Bea [Beamacheh] – Deus seja Louvado”.
Como se vê , não obstante as inúmeras definições e variações, a mensagem que fica é a mesma. A afirmação da imortalidade, a eterna ressurreição, é preciso morrer, apodrecer afim de renascer para o eterno ciclo cósmico. O Mestre exaltado transpõe a materialidade da morte e assume a preponderância do espírito.
Meus irmãos, isto posto concluímos que antes e alem de tudo, há algo especial na exaltação, qual seja :Exaltação, vem do latin : - EX – ALTARE, ou seja alem do altar, transpor o altar, mudar transcedentalmente de nível, quero dizer o Maçom , [com os três golpes que feriram o Mestre Hiran] deve destruir em si mesmo:
1 – O coração – mudando seus sentimentos, do egoísmo p/ o amor ao próximo, e a humanidade;
2 – A garganta – aprimorando o seu verbo ou expressão, de modo a tornarem-se somente palavras úteis, verdadeiras, e sempre que possível agradáveis;
3- A cabeça – Pondo em sua mente um novo modo de pensar, elevando–se acima do material, temporal e finito para renascer sobre o símbolo da acácia imperecível, num nível superior de compreensão e consciência que o tornará um autentico e digno mestre.
Para finalizar, uma máxima mística para os IIr.'.  Refletirem:
“NASCEMOS PARA MORRER, E MORREMOS PARA NASCER”!!
Meus Irmãos; que o G.'.A.'.D.'.U.'. cuja sabedoria divina dirige suave e poderosamente todas as coisas, nos abençoe e nos ilumine para que possamos passar um pouco do nosso modesto conhecimento a todo irmão que queira fazer progresso na nossa “Sublime Ordem”.
Livros e Autores Consultados:
Curso de Maçonaria Simbólica – Theobaldo Varoli Filho
O Mestre Maçom – Francisco Assis Carvalho {Chico Trolha]
A Simbólica Maçônica – Jules Boucher
Manual do Mestre Maçom – Manoel Gomes
Maçonaria e o Livro Sagrado – Zilmar de Paula Barros
Maçonaria Mística – Rizzardo da Camino
Ritualística Maçônica – Rizzardo da Camino
Bíblia Sagrada.

Créditos devidos ao Autor Ir.'. José Roberto Mira,