A origem do Alfabeto Maçônico se deu ao místico e alquimista alemão: Heinrich Cornelius Agrippa Von Nettesheim.
Heinrich Cornelius Agrippa, nasceu em 15 de Setembro de 1486 em Colônia, na Alemanha. Passou boa parte de sua vida na França e Itália, onde trabalhou também como teólogo, médico, jurista e soldado. Dedicava o seu tempo principalmente ao estudo das ciências ocultas, que mesmo sendo considerada uma heresia naquela época, nunca existiu evidências de que ele foi seriamente acusado ou condenado, devido a esse interesse ou prática das mesmas.
Em 1503, Agrippa assumiu o nome de Cornelius Agrippa Von Nettesheim, adotando o "Von" para sugerir assim a sua origem nobre. Em 1506, ele fundou uma sociedade secreta em Paris, direcionada aos estudos da Astrologia, da Magia e da Cabala. Na sua carreira profissional, Agrippa foi agente secreto, soldado, médico, orador e professor de Direito. Em 1509, ele instalou um laboratório em Dole, com o objetivo de sintetizar ouro, e durante a década seguinte viajou pela Europa vivendo como um alquimista e dialogando com importantes humanistas. Em 1520, começou a praticar medicina em Genebra, tornando-se médico pessoal da mãe da rainha em 1524, na corte do Rei Francis I em Lyon. Posteriormente moveu a sua pratica médica para Antuérpia, sendo mais tarde proibido por praticar sem licença. Ressurge depois como historiador na corte de Charles V.
Agrippa estudou profundamente a filosofia Hermética, a Cabala judaica e o Cristianismo. Escreveu e publicou três livros de filosofia oculta, sendo estes uma exposição sistemática do oculto no sentido do conhecimento. É um trabalho enciclopédico de magia renascentista, fornecendo informações sobre tópicos tão diversos como regências planetárias, virtudes ocultas, simpatias e inimizades das coisas naturais, encantamentos, feitiços, tipos de adivinhação, as escalas de números e seus significados, talismãs astrológicos, a Trindade Divina, os nomes cabalísticos de Deus e as ordens dos espíritos malignos.
Agrippa morreu em Grenoble no ano de 1535. No romance e na ópera ele é apresentado como estando em uma posição perigosa com as autoridades religiosas: nelas Agrippa nega enfaticamente que sua pesquisa é sobrenatural, afirmando que se trata apenas do estudo aprofundado da própria natureza.
O sistema de codificação mono alfabética, utilizado há muito tempo pela Maçonaria, mais conhecido como Alfabeto Maçônico, foi atribuído a esse místico e alquimista alemão, Cornelius Agrippa Von Nettesheim.
Em 1533, Agrippa publica "De Occulta Philosophia" em Colônia, na Alemanha. No livro 3, capítulo 30, ele descreve a sua codificação.
Vale ressaltar que este Alfabeto foi muito utilizado nos séculos XVII e XVIII, sendo que até hoje alguns Maçons ainda o utilizam, mais como uma forma de manter a sua tradição do que mesmo assegurar a confidencialidade de um conteúdo ou mensagem, visto que a sua chave foi “quebrada”, ou melhor, tornou-se de conhecimento público há muito tempo.
Abaixo se encontram o Alfabeto Maçônico Alemão, o Inglês e o correspondente na Idade Média, bem como a sua chave de código ao lado:
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